sexta-feira, 20 de agosto de 2010

As Migalhas e o Filé da Educação Brasileira

O discurso de esquerda sempre bradou por educação pública e gratuita para todos. Sou contra. É um absurdo rico estudar de graça. Um roubo. Ver playboy estacionando carrão importado no campus da USP é um escárnio.
Mas pior, bem pior, é a turma que faz pós-graduação no exterior com dinheiro do governo e depois vai trabalhar em outro país. Deviam ir para a cadeia, esses oportunistas. E terem seus passaportes retidos pela Polícia Federal.
Investir na formação de pesquisadores é uma obrigação do CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O Brasil precisa de cientistas, pensadores e doutores qualificados.
A experiência que esses alunos subsidiados adquirem fora pode retornar com lucro. Basta que cumpram a lei e dediquem ao menos três anos dessa qualificação por aqui. É justo. Justíssimo.
Mas alguns picaretas, de caso pensado, contando com a impunidade, mamam nas tetas do povo brasileiro e depois nos mandam uma banana lá do Hemisfério Norte. Ô gente sem educação!
O Tribunal de Contas da União recebeu, só neste ano, 82 processos pedindo que esses batedores de carteira chamados bolsistas nos devolvam o dinheiro investido neles. Somadas todas as pendências, temos cerca de R$ 100 milhões em dívidas a receber desses desertores.
Esses espertinhos provavelmente estudaram de graça em nossas melhores universidades. Que são as públicas, todos sabemos. E muitos, também provavelmente, vêm de famílias ricas. É esse o perfil econômico de nossos universitários de ponta.
Entra governo, sai governo, nenhum quer enfiar o dedo na ferida da cara dessa gente. Preferem investir em políticas de cotas para negros, índios e demais desafortunados. Migalhas.
O filé mignon, como sempre, vai pra mesa do bacana, que come tudo e nem diz obrigado. Ô gente mal educada!

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